8 de abril de 2018

Zazen - 8 abril 2018

8 de abril – Gotan-e:  Nascimento de Shakyamuni Buddha .

"Homenagem a Ele, ao Afortunado, ao Consumado, ao Perfeitamente Iluminado." Namo Tassa Bhagavato Arahato Samma Sambuddhassa


23 de março de 2018

Queridos praticantes,

No próximo domingo (25/Março)  o pessoal do Karatê irá utilizar o salão para uma atividade especial e nós não teremos como fazer zazen.  Assim, voltaremos  a nos reunir novamente no dia 8/Abril, uma vez que o dia 1/Abril será domingo de Páscoa.

25 de Março - recesso

1 de Abril - recesso

8 de Abril - Zazen

~Monge Daitetsu

5 de março de 2018

Zazen - 04/03/2018

Comunidade Zen Budista de Londrina

Zazen - 04 / março



A prática de deixar ir

Se há coisas que te fazem sofrer, você tem que saber como deixá-las ir. Felicidade pode ser obtida soltando, deixando ir, incluindo deixando ir suas idéias sobre felicidade. Você imagina que certas condições são necessárias para sua felicidade, mas olhando profundamente se revelará para você que essas noções são exatamente as coisas que ficam no caminho da felicidade e te fazem sofrer ~ Ven.Thich Nhat Hanh



1 de março de 2018

Jukai de Caren-San



Na noite de hoje, Genshô Sensei oficiou a cerimônia de Jukai 受戒 (ou Zaike Tokudo 在家得度) da querida Caren-san. Ela recebeu o nome de Gyoen que significa "Prática Completa". Nesta cerimônia, o/a praticante leigo/a do Zen Budismo assume formalmente seu voto de orientar sua vida de acordo com os Dezesseis Preceitos do Bodisatva. Neste momento, também assume um relacionamento com o Professor dos Preceitos e entra formalmente na “Família de Buda” (a Sanga), que, desde a época de Buda, é composta de quatro grupos: os monges, as monjas, os praticantes leigos e os praticantes leigas.

Parabéns, Gyoen-san!

Com muita alegria,

No Dharma,
Monge Daitetsu





[Retirado do Instagram do Monge Daitetsu =  https://www.instagram.com/p/Bfzf_SbFWWF/]








25 de fevereiro de 2018

Zazen - 25/02/18

Comunidade Zen Budista de Londrina

Zazen - 25/02/18

'Enfrente cada dia como se fosse a primeira vez. Eterno é este instante, um eterno 'aqui-e-agora'. Este ilimitado instante constitui a vida presente, que sempre é um fato totalmente novo. Também o passado, contemplado desde o instante presente, é um passado totalmente novo' ~ Kodo Sawaki Roshi (1880-1965)


24 de fevereiro de 2018

Ajuda a casa de apoio do HU 2018

Hoje Caren-San e Fabia-San estiveram na Casa de apoio do HU para primeira etapa de entrega das doações de alimentos. Que todos os seres possam ser beneficiados.


4 de fevereiro de 2018

Zazen - 04/02/2018

Zazen - 04/02/2018

Primeira leitura:
"Se você puder apreciar cada coisa, uma por uma, então você sentirá pura gratidão. Mesmo que você observe apenas uma flor, perceberá que aquela flor inclui tudo." ~Shunryu Suzuki Roshi

Segunda leitura:
"O ser completo, de todos os seres, é a Natureza de Buda." ~ Dogen Zenji



28 de janeiro de 2018

Zazen - 28/01/2018


"Praticar é perceber a mente pura dentro da ilusão. 
Se você tentar expulsar a ilusão, ela persistirá ainda mais. 
Diga simplesmente: 'Ah!, isto é apenas ilusão', e não 
se deixe perturbar por ela." ~ Shunryu Suzuki Roshi


21 de janeiro de 2018

Zazen 21/01/2018



Shuso, quem é você?

"Eu sou nuvem passageira
Que com o vento se vai
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai

Não adianta escrever meu nome numa pedra
Pois esta pedra em pó vai se transformar
Você não vê que a vida corre contra o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar"
~ Hermes de Aquino

Resposa de Sū-ei San durante Hossenshiki

20 de janeiro de 2018

3ª Londrina Religiões Unidas pela Paz e em Prol da Tolerância Religiosa

Neste sábado dia 20 ocorreu, na Concha acústica, o 3ª Londrina Religiões Unidas pela Paz e em Prol da Tolerância Religiosa com o apoio do 1- o COMPAZ Conselho Municipal de Cultura de Paz 2- a Comissão de Promoção de Igualdade Racial e das Minorias da OAB de Londrina e 3- o GDI Londrina Grupo de Dialogo Inter Religioso de Londrina.
Que ao final teve caminhada da Concha Acústica até a Catedral Metropolitana e realizado um Abraço pela Paz e pela Tolerância Religiosa. Como forma de outras religiões solidarizar-se com os católicos pela destruição da estátua do Sagrado Coração de Jesus.








Monge Daitetsu agradece a participação de Caren-san, da Paula-san, da Zenir-san, da Margarete-san, da Sandra-san e da Elisa-san! 

23 de abril de 2017

Zazen - 23/04/2017

Comunidade Zen Budista de Londrina

Zazen - 23/04/2017

"O fato de praticar imóvel eliminando pensamentos sobre passado e futuro acaba por esfriar nossas vontades e apegos. Do contrário, se você sentar e alimentar suas fantasias, elas crescerão. Sentados corretamente imóveis temos a oportunidade de voltar ao presente momento, que é o único que verdadeiramente existe. Passado e futuro não existem de verdade, são construções de nossa mente. O passado aconteceu, mas o que temos dele são lembranças. O futuro é imaginação. A prática do zazen pretende criar as condições para que os insights aconteçam e desta forma, possamos ver as coisas com mais clareza e lucidez. Não procurem coisas fantásticas ou maravilhosas na iluminação. Na iluminação as coisas são exatamente como são agora, nossos sentimentos a respeito das coisas é que mudaram. Isso é difícil de explicar porque está além das palavras, é o mesmo mar, mas é diferente. Mais belo e profundo, sem outro significado além daquele que está ali na nossa frente.

A vida e as pessoas também são da mesma forma e, se você tiver um sentimento iluminado, abraçará a Sangha como se todos fossem seus irmãos, não haverá lembranças desagradáveis e sentirá carinho por todos. Assim são as experiências de kenshô, mudanças de visão, nada mais, a realidade pura e límpida, sem julgamentos ou pensamentos estranhos que nos invadem sobre tudo e todos. Assim é a mente clara e lúcida que desperta do sonho. Há um sentimento de grande paz e felicidade, não euforia." ~ Genshô Sensei

18 de abril de 2017

Zazen

Zazen
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"Nós paramos "aquele" que não consegue deixar de buscar coisas lá fora e praticamos com nossos corpos e postura "a arte" de não buscarmos absolutamente nada. Isto é zazen" ~ Kodo Sawaki Roshi  (Tradução livre  - Monge Daitetsu)

15 de abril de 2017

Zazen - 15/04/2017

Centro de Dharma - Daissen Ji Zen Maringa

Zazen - 15/04/2017

Prajñaparamita Vajracchedika Sutra

O Sutra do Diamante Lapidador da Sabedoria Transcedental

Tradução ao Português por Monge Kōmyō

Alguns excertos

Seção I. A Convocação da Assembléia

Assim eu ouvi:
Certa época residia Buddha no Parque de Anathapindika em Shravasti com uma grande comunidade de bhikshus, cerca de mil duzentos e cinqüenta.
Um dia, na ocasião do desjejum, o Honrado-Pelo-Mundo colocou Seu manto, e levando Sua tigela tomou seu caminho para a grande cidade de Shravasti, para pedir Seu sustento. No meio da cidade Ele foi de porta em porta, de acordo com a regra. Isto feito, volveu ao Seu retiro levando Seu alimento. Quando terminou de alimentar-se, guardou Seu manto e tigela mendicante, lavou os pés, tomou Seu assento, e acomodou-se.

Seção II. Subhuti Faz um Pedido

Entretanto, no meio da assembléia estava o Venerável Subhuti. Logo ele ergueu-se, descobriu o ombro direito, ajoelhou-se sobre o joelho direito, e, elevando as mãos respeitosamente de palmas unidas, dirigiu-se desse modo a Buddha: "Honrado-Pelo-Mundo, se os bons homens e as boas mulheres buscam a Realização do Incomparável Esclarecimento, sob quais critérios deveriam eles agir e como deveriam eles corrigir os pensamentos?"
Buddha disse: "Muito bom, Subhuti! Conforme dizeis, o Tathagata está sempre atento para com todos os Bodhisattvas, protegendo-os e os instruindo bem. Agora escuteis e guardeis minhas palavras no coração: Eu irei declarar-vos por quais critérios os bons homens e as boas mulheres que buscam a Realização do Incomparável Esclarecimento devem agir, e como eles devem corrigir seus pensamentos."
Subhuti disse: "Rezai, façais [dessa forma], Honrado-Pelo-Mundo. Com alegria antecipada nós desejamos ouvir-Te."

Seção III. O Verdadeiro Ensinamento do Grande Caminho

Buddha disse: "Subhuti, todos os heróis Bodhisattvas deveriam disciplinar seus pensamentos do seguinte modo: 'Todas as criaturas vivas de qualquer espécie, nascidos de ovos, de úteros, de umidade, ou através de transformação, sejam com forma ou sem forma, sejam com [possuidores de] pensamentos ou isentos da necessidade de pensamentos, ou completamente além de todos os reinos de pensamento - todos estes são levados por Mim a atingir a Ilimitada Liberação do Nirvana. Todavia por mais vastos, incontáveis e imensuráveis sejam os números de seres que assim tenham sido liberados, em verdade nenhum ser foi liberado.' Por que assim é, Subhuti? É assim porque nenhum Bodhisattva que seja um real Bodhisattva aprecia a idéia de uma ego-entidade, uma personalidade, um ser, ou uma individualidade separada."

[...]

Seção IX. A Verdadeira Realização é Realização Nenhuma

"Subhuti, o que pensais? Pode um discípulo que entrou na Correnteza da Vida Santa dizer para si mesmo: 'Eu obtive o fruto daqueles que entram na Correnteza da Vida Santa?"
Subhuti disse: "Não, Honrado-Pelo-Mundo. Por quê? Porque 'Entrar na Correnteza da Vida Santa' é somente um nome. Não há nenhuma entrada na Correnteza. O discípulo que não presta nenhuma consideração à forma, som, odor, paladar, toque, ou qualquer outra qualidade, é [na verdade] aquele que entra na Correnteza."
"Subhuti, o que pensais? Pode um adepto que está sujeito a apenas mais um renascimento dizer para si mesmo: Eu obtive os frutos de Renascer-Apenas-Mais-Uma-Vez?
Subhuti disse: "Não, Honrado-Pelo-Mundo. Por quê? Porque 'Renascer-Apenas-Mais-Uma-Vez' é somente um nome. Não há nenhum transcurso [para fora da existência] nem entrada em [nova] existência. [O Adepto que entende] isto é chamado 'Aquele-Que-Renascerá-Apenas-Mais-Uma-Vez '." [...]

[...]

Seção XXXII. A Ilusão das Aparências

"Subhuti, alguém poderia encher mundos inumeráveis com os sete tesouros e poderia os dar em oferta de esmolas, mas se qualquer bom homem ou qualquer boa mulher ilumina-se com o Esclarecimento e toma mesmo que apenas quatro linhas deste Dharma, recitando-as, praticando-as, recebendo-as, mantendo-as e as divulgando alhures, explicando-as para o benefício de outros, serão [pessoas] ainda mais meritórias.
"Agora de que maneira poderiam [tais pessoas] explicar [estas linhas] para outros? Por desapego às formas - abrigando-se na Verdade.
"Portanto eu vos digo:
"Assim, devereis pensar sobre este impermanente mundo [como se ele fosse]:
Uma estrela ao amanhecer, uma bolha d'água em um riacho;
Um clarão de um raio em uma nuvem de verão,
Uma vela piscante, um fantasma, ou um sonho..."
Quando o Buddha terminou este Ensinamento o Venerável Subhuti, junto com o bhikshus, bhikshunis, os irmãos e irmãs leigos, e os todos os reinos de Deuses, Homens, Asuras e Gandharvas, ficaram plenos de alegria pelas Suas Palavras, e, abrigando-as sinceramente em seus corações, eles seguiram seus caminhos.

14 de maio de 2016

Zazen - 01/05/2016

Eu nada desejo a mais nesta vida. Não me ajoelho diante de ninguém ao mendigar. Tampouco me apego ao que os outros esperam de mim. Quando tenho o que comer, eu como; quando não há nada para comer, então não como.

Meu ânimo é firme: enquanto a vida me alcançar, viverei, e quando a morte chegar, então morrerei. Neste momento a vida se estende diante de mim até o horizonte, e é tão clara como o céu azul; o que poderia ser mais belo?

Eu não tenho pátria. Em vez disso, onde eu estiver, estarei em casa. Em nenhum lugar eu me sinto como um hóspede. Nos templos para onde sou convidado vivo como se eles fossem o meu próprio. Vivo naturalmente, sem grandes cerimônias. Cada passo que dou, estou em casa.

Em cada passo, se manifesta o universo. Nenhum lugar para ir, nenhum lugar para onde voltar. Não há qualquer lugar onde poderia me esconder, e nenhum lugar me resta para caminhar.

Kōdō Sawaki Roshi (澤木興道, Sawaki Kōdō)
Japão 1880 - 1965


1 de maio de 2016

Zazenkai Daissen Ji Zen Maringá e Daissen Ji Zen Londrina - 23/04/2016

O Zazenkai foi realizado no dia 23/04/2016, no Centro de Espiritualidade Rainha da Paz em Maringá-PR.
Sob a figueira, o eremita Gautama focou todos os seus formidáveis poderes de concentração para examinar profundamente o seu corpo. Observou que cada célula era como uma gota de água de um rio fluindo infindavelmente através do nascimento, existência, morte, e não conseguia encontrar nada no corpo que permanecesse imutável, ou que se pudesse dizer que contivesse um eu independente. Intermesclado com o rio do seu corpo, estava o rio dos sentimentos, no qual cada sensação era uma gota de água. Essas gotas também se misturavam umas com as outras num processo de nascimento, existência e morte. Alguns sentimentos eram prazerosos, alguns, desagradáveis; alguns, neutros, porém tudo era impermanente: eles apareciam e desapareciam assim como as células do corpo.

Com sua grande concentração, Gautama explorou a seguir o rio das percepções que seguem fluindo ao longo dos rios do corpo e dos sentimentos. As gotas no rio das percepções mesclavam-se e influenciavam uma à outra em seu processo de nascimento, existência e morte. Se a percepção de alguém era equivocada, a realidade lhe aparecia velada. Ele viu que as pessoas eram apanhadas em infindável sofrimento devido às suas percepções distorcidas: elas acreditavam ser permanente, o que é impermanente; acreditavam ser um eu, o que não é um eu; acreditavam que aquilo que não tem nascimento e morte, tem nascimento e morte, e dividiam em partes o que é inseparável, indivisível.

Em seguida, Gautama focou a luz da sua consciência sobre os estados mentais que eram fontes de sofrimento – medo, raiva, ódio, arrogância, inveja, apego e ignorância. A plena consciência irradiou-se dentro dele como um sol brilhante, e ele utilizou aquele sol de consciência para iluminar a natureza de todos estes estados mentais negativos. Viu que eles emergiam devido à ignorância. Eram o oposto da mente atenta. Eram a escuridão – a ausência de luz. Ele viu que a chave da liberação residia em sobrepujar a ignorância e penetrar profundamente no coração da realidade, atingindo uma direta experiência dela. Esse não era um conhecimento baseado no intelecto, no raciocínio, mas na experiência direta.

No passado, Sidarta havia andado por inúmeros caminhos para dominar o medo, a raiva e o apego, porém os métodos que tinha utilizado não geraram frutos porque eram apenas tentativas de suprimir tais sentimentos e emoções. O monge agora entendia que a causa deles era a ignorância e que, quando alguém se desvencilha da ignorância, os obscurecimentos mentais se desvanecem por si mesmos, como sombras desaparecendo sob a luz do sol nascente. O vislumbre de compreensão de Sidarta era fruto de sua profunda concentração.

Ele sorriu e elevou o olhar para uma folha da árvore pipal impressa contra o céu azul, sua haste revoando para frente e para trás como se o estivesse chamando. Olhando profundamente para a folha, com clareza, viu a presença do sol e das estrelas – sem o sol, sem a luz e o calor, ela não existiria. Isto é assim, porque aquilo é daquela maneira. Também viu, na folha, a presença das nuvens – sem nuvens, não poderia haver chuva e, sem a chuva, a folha não poderia ser. Ele viu a terra, o tempo, o espaço e a mente – todos estavam ali presentes. Realmente, naquele exato momento, o universo inteiro existia naquela folha. A realidade da folha era um maravilhoso milagre.

Embora, ordinariamente, pensemos que uma folha nasça na primavera, Gautama podia ver que ela já estava lá por um longo, longo tempo, na luz do sol, nas nuvens, na árvore e nela mesma. Vendo que a folha jamais havia nascido, pôde ver que ele próprio também jamais havia nascido. Ambos, a folha e ele mesmo, tinham apenas se manifestado – nunca tinham nascido e, assim, eram incapazes de morrer. Com este vislumbre de consciência, ideias tais como nascimento e morte, aparecimento e desaparecimento, dissolveram-se, e a verdadeira face da folha, assim como a sua verdadeira face se revelaram. Ele pôde ver que a presença única de qualquer fenômeno tornava possível a existência de todos os demais fenômenos. Um incluía todos, e todos estavam contidos em um.

A folha e seu corpo eram um. Nenhum deles possuía um eu separado ou permanente. Nenhum deles podia existir independentemente do restante do universo. Vendo a natureza interdependente de todos os fenômenos, Sidarta viu a natureza vacuosa de tudo – que todas as coisas eram desprovidas de um eu separado, isolado. Ele percebeu que a chave da liberação repousava nestes dois princípios de interdependência e não-eu. As nuvens flutuavam através do céu, formando uma alva base para a translucente folha da árvore pipal. Talvez, naquele entardecer, as nuvens encontrassem uma frente fria e se transformassem em chuva. Nuvens eram uma manifestação; a chuva, outra. As nuvens também eram não-nascidas e não morreriam. Se as nuvens compreendessem aquilo, Gautama pensou, com certeza, cantariam alegremente enquanto caíssem em forma de chuva sobre as montanhas, florestas e campos de arroz.

Iluminando os rios do corpo, sentimentos, percepções, formações mentais e consciência, Sidarta agora entendia que a impermanência e ausência de um eu são as próprias condições necessárias à vida. Sem a interdependência e ausência de um eu, nada poderia crescer ou se desenvolver. Se um grão de arroz não tivesse a natureza da impermanência e da vacuidade em relação a um eu, ele não poderia transformar-se na muda de arroz. Se as nuvens não fossem desprovidas de um eu e impermanentes, não poderiam se transformar em chuva. Sem a natureza impermanente e desprovida de um eu, uma criança jamais se transformaria em um adulto. “Logo, – ele pensou – aceitar a vida significa aceitar a impermanência e a ausência de um eu. A fonte do sofrimento é a falsa crença na permanência e na existência de eus separados. Vendo isso, entender-se-ia que não há nem nascimento nem morte, nem produção nem destruição, nem um nem muitos, nem interior nem exterior, nem grande nem pequeno, nem puro nem impuro. Tais concepções são falsas distinções criadas pela falsa intelecção. Se alguém penetrar na natureza vacuosa de todas as coisas, transcenderá todos os obstáculos mentais e se liberará do ciclo de sofrimento.

Thich Nhat Hanh

Zazen - 17/04/2016


Para muitos de nós, estas noções de nascimento e morte, chegada e partida, causam a nossa maior dor. Pensamos que a pessoa que amávamos veio até nós de algum lugar e agora foi embora para algum lugar. Mas nossa verdadeira natureza é uma natureza que nem chega e nem vai embora. Não viemos de lugar algum, e não iremos para lugar algum.

Thich Nhat Hanh

Imagem: Monge Daitetsu

10 de abril de 2016

Zazen - 10/04/2016

Praticar zazen em grupo é a coisa mais importante para o budismo - e para nós - porque esta prática é o modo de vida original. Sem conhecer a origem das coisas, não podemos avaliar o resultado do esforço de toda uma vida. Nosso esforço há de ter algum sentido. Encontrar o sentido de nosso esforço é encontrar a fonte original de nosso esforço. Não devemos nos preocupar com o resultado de nosso esforço antes de conhecer sua origem. Se a origem não for clara e pura, nosso esforço não será puro e o resultado não nos satisfará. Quando retomamos nossa natureza original e incessantemente nos esforçamos a partir dessa base, então apreciamos o resultado de nosso esforço momento após momento, dia após dia, ano após ano. Eis como devemos apreciar a vida. Aqueles que se apegam apenas ao resultado de seu esforço não terão qualquer oportunidade de apreciá-lo, porque o resultado nunca virá. Mas se, momento após momento, seu esforço emergir de sua origem pura, tudo quanto você fizer será bom, e você ficará satisfeito com qualquer coisa que faça.

Shunryu Suzuki. Mente Zen, Mente de Precipitante.

Imagem: Monge Daitetsu

Zazen - 03/04/2016

Quando praticamos zazen, nossa mente sempre segue a respiração. Quando inalamos, o ar entra em nosso mundo interior. Quando exalamos, o ar sai para o mundo exterior. O mundo interior não tem limites e o mundo exterior também é ilimitado. Nós dizemos "mundo interior" e "mundo exterior", mas, na verdade, só há um único mundo. Nesse mundo sem limites, a garganta é uma espécie de porta de vaivém. O ar entra e sai como alguém passando por uma porta de vaivém. Se você pensa "eu respiro", o "eu" está a mais. Não há um você para dizer "eu". O que chamamos "eu" é apenas uma porta de vaivém que se move quando inalamos e exalamos. Ela simplesmente se move, eis tudo. Quando sua mente está pura e calma o suficiente para seguir esse movimento, não há nada: nem "eu", nem mundo, nem mente, nem corpo. Só uma porta que vai e vem.

Shunryu Suzuki Roshi

20 de março de 2016

Zazen - 20/03/2016 - Aniversário de Cinco Anos



Com Sensei Silveira, Presidente da Associação Londrinense de Karatê

Não procure a iluminação. Não tente escutar os fenômenos ilusórios. Não odeie os pensamentos que surgirão, nem os ame, e sobretudo não os guarde. De qualquer maneira, pratique o grande fundamento, aqui e agora. Se você não guardar o pensamento, ele não voltará por si só. Se você se entregar à expiração e deixar a inspiração enchê-lo, em um vaivém harmonioso, nada mais restará do que uma almofada sob o céu vazio, o peso de uma chama.


Koun Ejo

Zazen – 13/03/2016

Abrir mão de nós mesmos quer dizer abandonar nossas ideias dualistas. Assim, não há diferença entre a prática do zazen e a prática da reverência. Usualmente, a reverência expressa nosso respeito por algo que merece mais respeito que nós mesmos. Mas, ao reverenciar o Buda, você não deve ter em mente uma ideia acerca do Buda; você simplesmente se torna um com o Buda, você já é o próprio Buda. Quando se torna um com o Buda, um com tudo o que existe, você encontra o verdadeiro significado de ser. Quando você abandona as ideias dualistas, tudo se torna seu mestre". 

Shunryu Suzuki Roshi. Mente Zen, Mente de Principiante.


6 de março de 2016

Zazen - 06/03/2016

Imagem: Monge Daitetsu
"...cada reverência expressa um dos quatro votos budistas: "Embora os seres vivos sejam inumeráveis, eu me comprometo a salvá-los. Embora meus desejos sejam inesgotáveis, eu me comprometo a libertar-me deles. Embora os ensinamentos sejam ilimitados, eu me comprometo a aprendê-los todos. Embora o budismo seja inalcançável, eu me comprometo a atingi-lo". Se é inalcançável, como é possível alcançá-lo? E, no entanto, devemos fazê-lo. Isso é o budismo. Pensar "porque é possível nós o faremos" não é budismo. Nós temos que fazer mesmo o impossível, porque nossa verdadeira natureza o exige. A questão de ser ou não possível não vem ao caso. Se almejamos nos livrar das ideias egocentradas, temos de fazê-lo. Quando realizamos esse esforço, nossos desejos mais profundos são apaziguados e nisso consiste o nirvana...". 

Shunryu Suzuki. Mente Zen, Mente de Principiante.

28 de fevereiro de 2016

Zazen - 28/02/2016

Quando a mente está vinculada a algo fora dela própria, trata-se da pequena mente, uma mente limitada. Se sua mente não estiver vinculada a nada, então não haverá́ mais compreensão dualista na atividade de sua mente. Compreenderá que a atividade não é mais do que ondas da sua mente. A mente grande experimenta tudo dentro de si própria. Percebe a diferença entre ambas? A mente que tudo inclui e a mente ligada a alguma coisa em particular? Na verdade, elas são a mesma coisa, a compreensão é que é diferente, e sua atitude perante a vida será diferente de acordo com a compreensão que você tiver.

Shunryu Suzuki. Mente Zen, Mente de Principiante.

Imagem: Monge Daitetsu

21 de fevereiro de 2016

Zazen - 21/02/2016

Viver no reino da natureza de Buda significa morrer como ser inferior, momento após momento. Quando perdemos o equilíbrio, morremos; mas ao mesmo tempo evoluímos, crescemos. Tudo o que vemos está constantemente mudando, perdendo seu equilíbrio. Por estarem fora de equilíbrio é que as coisas se mostram belas, mas o fundo em que se inserem está sempre em perfeito equilíbrio. Esta é a forma como as coisas existem na natureza de Buda: perdendo o equilíbrio sobre um fundo em perfeito equilíbrio. Assim, se você vê as coisas sem se dar conta da natureza búdica que lhes serve de fundo, tudo se apresenta em forma de sofrimento. Mas, se compreende o fundamento da existência, você se dá conta de que o sofrimento reside na maneira como levamos a vida. Assim, no Zen algumas vezes se dá ênfase ao desequilíbrio, à desordem da vida. 

Shunryu Suzuki. Mente Zen, Mente de Principiante.

Imagem: Monge Daitetsu

14 de fevereiro de 2016

Zazen - 14/02/2016

Imagem: Monge Daitetsu.
Estamos sempre procurando nos agarrar à vida e fugir da morte. Mas, de acordo com os ensinamentos, tudo é nirvana desde o não-princípio. Assim, por que temos de nos agarrar a uma coisa e evitar a outra? Na dimensão suprema, não existe começo nem fim. Pensamos que existe alguma coisa a ser alcançada, algo fora de nós, mas tudo já está presente. Quando transcendemos as noções de dentro e fora, sabemos que o objeto que desejamos alcançar já está dentro de nós. Não temos que procurá-lo no espaço ou no tempo. Ele já está à nossa disposição no momento presente. A contemplação no “nada a alcançar” é muito importante. O objeto que desejamos conseguir já foi conseguido. Não precisamos conseguir nada. Nós já o temos. Nós já o somos.

Thich Nhat Hanh
Do livro Transformações na Consciência

Zazen - 31/01/2016

Abrace o seu sofrimento, sorria e descubra a fonte da felicidade que existe em seu interior. Os Budas também sofrem, mas eles sabem transformar o sofrimento em felicidade e compaixão. Sabem que o sofrimento e a alegria são impermanentes. Aprendem a arte de cultivar a felicidade (tradução livre). 

Thich Nhat Hanh

24 de janeiro de 2016

Zazen - 24/01/2016

Hoje eu vi uma nuvem.

Caminhando entre prédios e pessoas, fluindo contra a corrente de sonhos e frustrações, repentinamente olhei para o alto.

Olhei para o céu, para um azul tão profundo que me fez congelar no tempo infinito de um piscar de olhos, no espaço imenso entre dois passos.

Olhei para o céu e vi uma nuvem. Não era especial, multicolorida, misteriosa ou cenográfica.

Não era nuvem de amanhecer ou pôr do sol, sequer nuvem de meio-dia.

E entretanto, era tão bela!

Ninguém mais via a nuvem.

Ela passava lentamente, um colosso suave no mais profundo azul -- e ninguém mais olhava para ela.

Aquelas pessoas viam (tenho certeza disso) o asfalto.

Percebiam o concreto, os seus horários, seus compromissos, seus sucessos, sua pressa e a tediosa rotina de uma mente embotada de desejos.

Mas nenhuma -- nem mesmo uma única delas -- via a nuvem.

Eu fui afortunado. Em um momento simples e causal, despertei por alguns instantes do sono medíocre de minha ignorância e olhei para o céu.

Olhei para aquele cenário imenso por trás da banalidade insensível, e vi a força do momento.

Ninguém mais via a nuvem, e apesar disso ela passava sem rancor ou alarde, generosamente nos oferecendo a dádiva de sua momentânea realidade.

A vida é arte pura, feita por momentos grávidos de possibilidades.

Apesar dos medos, apesar dos anseios, da cobiça e da frustração.

Apesar dos ódios, da mesmice, do desprezo e da ilusão.

Apesar de tudo, existem as nuvens...

Monge Kōmyō
Janeiro de 2014

17 de janeiro de 2016

Zazen - 17/01/2016

Imagem: Monge Daitetsu
Os sinos de plena consciência estão soando. Por toda a Terra estamos experimentando enchentes, secas e incêndios florestais massivos. O gelo está derretendo no Ártico e furacões e ondas de calor estão matando milhares. As florestas estão desaparecendo rapidamente, os desertos estão crescendo, espécies estão se extinguindo cada dia, e mesmo assim continuamos a consumir, ignorando o soar dos sinos.
...

Budismo é a mais forte forma de humanismo que temos. Pode nos ajudar a viver com responsabilidade, compaixão e bondade amorosa. Cada praticante budista deveria ser um protetor do ambiente. Temos o poder de decidir o destino de nosso planeta. Se despertarmos para nossa verdadeira situação, haverá uma mudança na nossa consciência coletiva. Temos que fazer algo para acordar as pessoas. Temos que ajudar o Buda a acordar as pessoas que estão vivendo num sonho.

(Do livro “The world we have” – Thich Nhat Hanh)
(Traduzido por Leonardo Dobbin)

6 de dezembro de 2015

Zazen - 06/12/2015

Quando estamos com dor de dentes, sabemos que não ter dor de dentes é felicidade. Mais tarde, quando a dor cessa, não damos mais valor à ausência de dor de dentes. A prática da atenção plena nos ajuda a dar valor ao bem que já está manifestado. Com a atenção plena, seremos gratos por nossa felicidade, e talvez sejamos capazes de fazê-Ia durar mais. [...]

Faça a si mesmo a seguinte pergunta: "O que alimenta a alegria em mim? O que nutre a alegria nos outros? Será que estou alimentando suficientemente a alegria em mim mesmo e nos outros?" Estas são perguntas referentes à Terceira Nobre Verdade. A cessação do sofrimento o bem-estar estará disponível se soubermos usufruir das preciosas jóias que já possuímos. Você tem olhos que enxergam, pulmões que respiram, pernas que andam e lábios capazes de sorrir. [...]

Alcançando a Felicidade
Do livro “A Essência dos ensinamentos de Buda
Thich Nhat Hanh
Imagem: Nelson San

29 de novembro de 2015

Zazen - 29/11/2015

Imagem: Monge Daitetsu
Os três venenos da mente - cobiça, ódio e delusão - estão mergulhando a humanidade em sangue e lama.

Mas há uma saída. Sempre houve e sempre haverá. Ela se abriga em nossas palavras, atos e pensamentos. Somos todos responsáveis. Apesar de tudo, apesar de tantas tragédias, apesar daqueles que destroem, roubam e enganam, podemos mudar o mundo mudando a nós mesmos.

Observe, respire, sinta. O grito dos insensatos jamais irá superar o silêncio da calma sabedoria. Nosso coração tem cura. Podemos despertar do sono da ignorância.

Não se deixe envenenar. Confie, pois ainda há esperança. Vamos, venha. Dê o passo, caminhe comigo. Somente juntos poderemos deixar essa escuridão para trás.

Pratique a paz.

Monge Kōmyō

22 de novembro de 2015

Zazen - 22/11/2015

Esta é a questão com a insatisfação do samsara, não é ela que move as pessoas para a prática, porque não é por desejar algo que você vem praticar, se você vier praticar e sentar em zazen dizendo, “eu quero alcançar algo aqui e agora, eu quero ganhar uma medalha chamada iluminação, eu quero ser reconhecido como uma pessoa iluminada” ou coisas assim, você não vai conseguir nada, esse “eu” vai atrapalhar tudo porque de novo, é a mente aquisitiva lá de fora que foi trazida aqui para dentro. Assim como você queria um carro novo, você quer uma iluminação melhor, superior a dos outros, você não vai conseguir, você tem que sentar em zazen desistindo de alcançar qualquer coisa e, se você desistir, aí sim você começa a melhorar a prática.


“Abra a mão, deixe cair”
Monge Genshô


Imagem: Monge Daitetsu

1 de novembro de 2015

Zazen - 01/11/2015




Os seres em sofrimento correm atrás das coisas sem conhecerem a si mesmos. É um erro pensar que as coisas existem separadas de nós, nisso consiste nossa delusão. Na realidade todas as coisas do universo estão indissoluvelmente ligadas. Visto que sou uno com o universo, tudo o que se apresenta diante de mim é uma forma de mim mesmo.

Kodo Sawaki Roshi

25 de outubro de 2015

Zazen - 25/10/2015

Imagem: pintura de autoria de Monge Kōmyō

Dois homens estavam discutindo sobre uma flâmula que tremulava ao vento:

-É o vento que realmente está se movendo! Declarou o primeiro.

-Não, obviamente é a flâmula que se move! Contestou o segundo.

Um mestre Zen, que por acaso passava perto, ouviu a discussão e os interrompeu dizendo:

-Nem a flâmula nem o vento estão se movendo, disse, “É a MENTE que se move”.

Conto Zen
http://opicodamontanha.blogspot.com.br/

18 de outubro de 2015

Zazen - 18/10/2015

A prática é muito simples. Isso, entretanto, não significa que não irá transformar por completo nossa vida. [...]

Sentar é essencialmente um espaço simplificado. Nossa vida diária está em constante movimento: acontecem muitas coisas, muitas pessoas falam, muitos acontecimentos ocorrem. Em meio a tudo isso, é muito difícil sentir o que somos em nossa vida. Quando simplificamos a situação, quando deixamos os elementos externos de lado e nos retiramos do alcance do toque do telefone, da televisão, das pessoas que nos visitam, do cachorro que precisa passear, temos uma chance - que é, exatamente, a coisa mais valiosa que existe - de ficar de frente para nós mesmos. A meditação não está relacionada com algum estado e, sim, com seu praticante. Não diz respeito a alguma atividade, ou a consertar ou a conseguir algo. Refere-se a nós. Se não simplificamos a situação, a oportunidade de dar uma boa olhada em nós mesmos fica muito reduzida, porque aquilo que nos propomos a ver não somos nós e, sim, tudo o mais. Se algo dá errado, para o que olhamos? Olhamos para o que saiu errado e, em geral, para aqueles que a nosso ver foram os responsáveis. Ficamos o tempo todo olhando para fora, e não para nós. [...]

[...]A prática, em qualquer estágio, é simplesmente ser quem somos a cada momento. Não é uma questão de sermos bons ou maus, melhores ou piores. [...]

Confiar que as coisas são como são é o segredo da vida. Porém, não queremos saber de nada disso. Posso confiar absolutamente que, no ano que vem, minha vida mudará, estará diferente, e, no entanto, será sempre do que jeito que é. Se eu tiver um ataque cardíaco amanhã, posso confiar que, porque eu o tive, eu o tenho. Posso me apoiar na vida como ela é. [...]

Praticar o zen nunca é tão fácil quanto falar sobre ele. [...]. Apesar disso, quando sentamos bem, tudo o mais se incumbe de si mesmo. Por essa razão, se estamos praticando o sentar há cinco ou vinte anos, ou estamos apenas no começo, é importante sentar com um grande e meticuloso cuidado.

O que a prática é?
Charlotte Joko Beck


27 de setembro de 2015

Zazen - 27/09/2015

"... A prática não é atingir algum estado de graça. Não é ter visões. Não é ver luzes brancas (ou róseas ou azuladas). Todas essas coisas podem ocorrer e, se sentarmos durante tempo suficiente, talvez elas aconteçam mesmo. Porém, isto não é a prática.



A prática não é para ter sentimentos agradáveis, felizes. Não é para se sentir bem, em vez de mal. Não é uma tentativa de ser ou de sentir qualquer coisa especial. O produto ou a finalidade da prática, ou aquilo a que ela se refere, não é ser/estar sempre calmo ou controlado.

Se nosso barco cheio de esperanças, ilusões e ambições (de chegar a algum lugar, de tornar-se espiritual, de ser perfeito, de alcançar a iluminação) vira de ponta-cabeça, o que é este barco vazio? Quem somos nós? O que, em termos de nossas vidas, podemos perceber, conhecer? E o que é a prática?"


Charlotte Joko Beck
Imagem: Monge Daitetsu

20 de setembro de 2015

Zazen - 20/09/2015

Imagem: Monge Daitetsu
Quando curiosamente te perguntarem, buscando saber o que é Aquilo, não deves afirmar ou negar nada.

Pois o que quer que seja afirmado não é a verdade, e o que quer que seja negado não é verdadeiro.

Como alguém poderá dizer com certeza o que Aquilo possa ser enquanto por si mesmo não tiver compreendido plenamente o que É?

E, após tê-lo compreendido, que palavra deve ser enviada de uma região onde a carruagem da palavra não encontra uma trilha por onde possa seguir?

Portanto, aos seus questionamentos oferece-lhes apenas o silêncio, Silêncio - e um dedo apontando o Caminho.

Verso Zen